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Violência aos olhos da mídia

Fatos de agressões a moradores de rua tem aumentado a cada dia, na mídia é veiculado uma relação dessas agressões como o caso do jovem que defendeu um morador de rua e foi espancado no Rio de Janeiro, mas de quem é a culpa pela ação de jovens saírem às ruas é a questão. De quem é a culpa pelas atitudes cruéis e bárbaras? Será da sociedade ou a influência da mídia de impõem a exclusão de certas pessoas na sociedade? E quem tenta mudar a forma de agir na sociedade em busca de igualdade é visto como? “Sinto-me humilhado, sem direito a vida porque as pessoas me veem como bicho não como gente, eles pensam que a gente é bandido” Paulo Santos - morador de rua.

De acordo com o sociólogo Victor Seiji Endo, com relação à atitude do rapaz ele pode ter agido para promover uma imagem de “herói” ou “justiceiro dos fracos e oprimidos”, já em relação à sociedade “acredito que a sociedade aplaude atitudes como esta através de meios de comunicação porque seria um meio eficaz e imediato encontrado pela mesma para se “redimir de sua própria culpabilidade” e tentar desviar o foco da discussão que o mendigo foi “produzido” pelos mecanismos excludentes do sistema social, que privilegiam e defendem os interesses de um determinado grupo ou classe e detrimento de boa parcela da sociedade “


Para Victor “o culpado é a própria sociedade que pensa que mendigo é vagabundo, assassino em potencial, lixo humano, incapaz. Seguindo nesta lógica o injustiçado é o rapaz e os culpados as pessoas que o “desfiguraram”, se o mendigo morresse não seria interessante ao sistema promover uma imagem negativa de si mesma como falha e impotente”, analisa.

Para o telespectador Shakespeare Gonçalves Junior, 31 anos, ele diz que a televisão indica o culpado porque é mais cômodo para a sociedade aceitar, já que quem salva alguém é vista como “herói”, pois muito não tem coragem de defender ninguém e seu benefício é este reconhecimento. A internauta Luciana Campos diz em rede social que é “repugnante ver que ainda tem gente no mundo que possa achar divertida apelar para a covardia, como no caso do mendigo protegido pelo Victor”, diz.

Ao entrevistar o morador de Rua Paulo Santos nos revela que sempre foi tratado com indiferença, pois pensa que ele vai assaltar ou passar algum tipo de doença contagiosa, o senhor Paulo diz que “me sinto humilhado, sem direito a vida porque as pessoas me veem como bicho não como gente eles pensam que a gente é bandida”, revela.

Para a jornalista Thalissa Banban analisa que neste contexto, “a mídia pode se tornar uma das mais contundentes formas de se propagar e, em até certo ponto, exaltar a violência. É necessário reavaliar o papel de apoio da sociedade como um todo (família, escola e comunidade), visto que ela provavelmente exercerá uma influência maior sobre o comportamento individual do que o aparelho de televisão”, diz.

O delegado Wilson de Oliveira Martins da delegacia central de Itaquaquecetuba entende este tipo de atitude nos jovens como uma forma de chamar a atenção, não só de familiares como da sociedade através da mídia, a forma de identificar um agressor é observar como ela se relaciona desde a infância até a fase adulta e todos ambientes que ela convive, diz ainda que “os pais e a sociedade devem prestar atenção aos filhos e amigos que tem comportamento diferente dos demais, às vezes uma pessoa quieta pode ser totalmente diferente do que demonstra tudo deve ser na base da conversa e indicar o caminho certo a seguir”, fala.


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